Para durkheim o crime é um fato social normal ou patológico?
Contudo, muitos fatos parecem demonstrar a existência de um movimento nosentido inverso.Desde o começo do século passado, a estatística fornece o meio de acompanhar amarcha da criminalidade, e por toda parte ela aumentou.
Assim sendo, não existe fenômeno que apresente da maneira mais irrecusáveltodos os sintoma s da normalidade, pois ele se mostra intimamente ligado às condiçõesde toda vida coletiva.Fazer do crime uma doença social seria admitir que a doença não é algo acidental,mas, ao contrário, deriva em certos casos, da constituição fundamental do ser vivo.Pode ocorrer que o crime tenha formas anormais, decorrentes de um excesso denatureza mórbida.O que é normal é que haja uma criminalidade, que não ultrapasse determinado nívelfixado.Segundo Duarte, " de forma esdrúxula, aparentemente chocante, Durkheim exibe ocrime como fenômeno sociológico normal, necessário e útil, um fator de saúde pública,parte integrante de qualquer sociedade sã, contrariando os criminológicos que, à unanimidade, realçam o caráter incontestavelmente patológico do crime”. 6Na verdade, Durkheim afirma que o crime é normal porque uma sociedade que deleestivesse isenta seria inteiramente impossível.Para o sociólogo, o crime consiste num ato que ofende certos sentimentos coletivosdotados de uma energia e de uma clareza particulares.Assim como não pode haver sociedade em que os indivíduos não divirjam em maiorou menor grau, é também