PAPÉIS - MATERIAIS E PROCESSOS
Desde a pré-história o homem sempre sentiu a necessidade de representar fatos ocorridos no seu dia a dia. Para isso, utilizavam diversos materiais como pedras, ossos, folhas, entre outros. A partir disso, diversas regiões e culturas foram se adaptando para suprir suas necessidades com métodos diferentes, até se aperfeiçoarem e chegar ao conceito papel.
Alguns dos materiais que mais se assemelham ao papel foram o papiro egípcio e o pergaminho asiático, estes surgiram nos primeiros séculos. O primeiro era feito a partir da parte interna do caule do papiro – planta que cresce na margem de rios – cortado em tiras, molhadas, cruzadas e depois prensadas. O material que surgia era colado com outras folhas, tornando-o bem comprido para ser enrolando. O outro, surgido na Ásia Menor, era feito a partir da pele de animais, como cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha após um tratamento. O pergaminho era mais fino, macio, claro e era usualmente utilizado em documentos e obras importantes.
Segundo os historiadores, o papel chinês é o pioneiro na criação de papel a partir de redes de pesca, trapos – restos de tecido – e fibras vegetais. Estes eram feitos a partir do cozimento das fibras, que, logo após eram batidas e esmagadas para serem colocadas sob uma peneira prensada em uma armação de madeira para afinar e secar.
No século VIII, os papeleiros, forçados pelos árabes, passaram a compartilhar suas receitas, exportando-as e resultando na fabricação em larga escala. Séculos depois, em 1445, Gutemberg inventou a prensa de tipos móveis, resultando na expansão da produção para o Oriente Médio, Espanha e Europa.
Apesar da longa existência do papel, apenas no século XVIII passou a ser industrializado, ou seja, surgiram máquinas capazes de contemplar todos os estágios da manufatura.
A madeira, matéria prima principal para a fabricação do papel, só passou a ser utilizado no século XIX, com a finalidade de substituir os trapos, material escasso.
Composição
95% do