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Podemos iniciar comentando o fato do conceito de lucro econômico não ser totalmente conhecido e utilizado pelos usuários da contabilidade, visto que o mesmo é de grande importância no que tange as decisões que serão tomadas pelos usuários internos e externos das entidades.
No âmbito da sociedade capitalista, caracterizada pela propriedade privada de recursos econômicos, o lucro é a remuneração pelo uso do fator de produção, ou seja, a capacidade empresarial, considerando-se a combinação dos demais fatores de produção (Terra, Capital e Trabalho). Cada fator recebe uma recompensa pela sua participação no processo de produção, sendo que as remunerações pelo uso da terra, capital e trabalho são, respectivamente, renda de terra, juro e salário. O lucro é, em suma, a recompensa e a motivação para a instalação e continuidade de um empreendimento na sociedade capitalista.
Na ciência econômica, há preocupação com os recursos limitados da economia, buscando-se a alocação ótima dos recursos escassos e das alternativas disponíveis para a maximização da utilidade e da riqueza dos agentes econômicos. O conceito de lucro, nesse contexto, é um importante referencial para orientar as decisões econômicas dos agentes. O conceito de lucro, no âmbito das atividades empresariais caracterizadas pela busca da maximização da riqueza dos proprietários e dos stakeholders (que são as pessoas interessadas na informação contábil), é um importante indicador de sucesso das empresas. Cabe à Ciência Contábil, por sua vez, a tarefa de quantificar os eventos econômicos de maneira lógica, objetiva e sistemática, ou seja, identificar, reconhecer, mensurar e registrar as transações em termos físicos e monetários, com informações voltadas aos usuários, que por sua vez são os mais interessados em virtude de investimentos e outras informações que lhes interessam.
Um fato importante nesse contexto é a mensuração do ativo, que tendo em vista a objetividade prioriza o custo histórico,