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Os principais problemas enfrentados pela criança no contexto do trabalho, dizem respeito à escolarização, ao cansaço físico, ao local de trabalho e a vulnerabilidade em que eles estão submetidos. No que se remete a frequência escolar deste menor, é possível notar através da observação social, que essa frequência diminui significativamente, onde se dá pela interferência indireta do trabalho, como é caso de crianças que se desinteressam pelo ambiente escolar, no momento que começam a tirar notas baixas porque não tiveram como estudar para avaliação, já que estavam envolvidas em atividades adultas, como o trabalho, de maneira que tal argumento torna-se conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT) onde afirma que “certas atividades podem impedir as crianças de estudar ou interferir negativamente na escolaridade”; de acordo com Santana (2005 [apud Ministério da Saúde, 2005]) a proporção de abandono escolar foi quase três vezes maior entre as crianças e adolescentes que trabalhavam, quando comparados aos que não trabalhavam.
Há ainda, outros privilégios que são tirados da criança e do adolescente quando este escolhe, ou são escolhidos para trabalhar ao invés de vivenciar a fase infantil, privilégios estes, como os momentos de lazer e diversão que devem ser proporcionados a esse menor, onde muito deles sentem falta dessa regalia, em que se afirma nas palavras de Marques:
Os adolescentes queixavam-se não só da defasagem escolar provocada por essa experiência, mas, também, do desconhecimento da alegria de se ir para um passeio no parque num dia de domingo à tarde, ao cinema, ou a festas de adolescentes; enfim, de conhecer uma noite livre nos finais de semana.
Com relação ao cansaço físico que esse trabalhador infanto juvenil está sujeito, se associa ao próprio condicionamento que entrega o seu corpo ainda em desenvolvimento, ou seja, o corpo de uma criança ainda