Papa
A origem das comemorações do Dia Internacional da Mulher possui versões conflituosas. O discurso mais comum é de que a homenagem surgiu em decorrência de um incêndio trágico, em Nova York (Estados Unidos), que vitimou 140 trabalhadoras no ano de 1911. Há quem diga, no entanto, que este incidente aconteceu na verdade no dia 25 de março. Outros acontecimentos históricos também podem ter levado à criação da data, como o protesto "Pão e paz", realizado por cerca de 90 mil operárias russas em 1917, entre alguns outros eventos. A Organização das Nações Unidas (ONU) só reconheceu e oficializou a data em 1975.O que se sabe com certeza é que a história das lutas femininas é muito antiga. Na Grécia Antiga, o livro Lisístrata, de Aristófanes, já narrava uma greve de sexo pelo fim da guerra. Na França das revoluções, as parisienses lutavam lado a lado com os homens e pediam por liberdade, igualdade e fraternidade, aproveitando o clima de descontentamento para colocar em questão seu direito ao voto. Mas, foi no final do século XIX, em um mundo já industrializado, que a luta feminina tomou forças, depois de muitas revoluções, protestos e mortes.Em 8 de março de 1857, em Nova York, trabalhadoras de uma fábrica têxtil protestaram por melhores condições de trabalho e foram duramente reprimidas por policiais. Pouco tempo depois, a luta foi reforçada por mais mulheres e os direitos trabalhistas começaram a ganhar forma. Em 1909, o primeiro Dia da Mulher foi comemorado nos Estados Unidos em 28 de fevereiro, como uma data nacional.No ano seguinte, organizações socialistas se encontraram em Copenhague (Dinamarca), e decidiram reservar um dia do ano para celebrar o movimento pelos direitos femininos e apoiar o sufrágio universal estendido às mulheres. A data 19 de março foi escolhida e comemorada em 1911, ano do incêndio na companhia Triangle Waist Company (em Nova York), e colocou em evidência as condições subumanas a que as trabalhadoras eram