Panorama atual dos transportes no brasil
Atualmente, uma das principais barreiras para o desenvolvimento da logística no
Brasil está relacionado com as enormes deficiências encontradas na infra-estrutura de transportes e comunicação. Dados publicados na revista As Maiores do Transporte
(2001:11) mostram que o transporte brasileiro apresenta uma exagerada dependência do modal rodoviário, o segundo mais caro, atrás apenas do aéreo. Com a expressiva participação de 65 % a 75% na matriz dos transportes brasileiros, seguido por cerca de
20% da ferrovia, o transporte rodoviário é o grande eixo de movimentação de cargas no transporte brasileiro. Segundo Fleury (2001:2), em países como Austrália, EUA e China, os números são de 30%, 28% e 19% respectivamente. Para o mesmo autor, grande parte destas distorções na matriz dos transportes brasileiros e as ineficiências observadas, são explicadas pelos longos anos de estatização dos portos, ferrovias e dutos no Brasil, bem como os subsídios implícitos no passado e que ainda perduram com menor ênfase para o modal rodoviário. Neste sentido, percebe-se que o potencial para redução de custos é verificado se a participação do modal rodoviário vier a seguir os padrões internacionais,permitindo o crescimento da participação de modais mais baratos. Residem nos portos e ENEGEP 2002 ABEPRO 7 ferrovias oportunidades para reduzir custo. Por isso, novos investimentos devem ser realizados nestes modais.
As mudanças que devem ser realizadas para que o Brasil atinja os padrões internacionais são muitas, mas embora de forma lenta, observa-se que estas vem ocorrendo. Segundo Sasse (2002: A-4), em artigo publicado na revista Gazeta Mercantil, uma ampla reforma institucional na estrutura de transportes do governo federal está sendo planejada. Serão criadas duas agências regulatórias: a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a de Transportes Aquaviário (ANTAQ). A empresa de planejamento de transportes (GEIPOT) será extinta