Palácio do Lavrado O edifício em estudo situa-se no Vale de Chelas entre a mata da Madre de Deus e o Cemitério do Alto de São João, rente à Estrada de Chelas com os números 113-127. Atualmente pertence à freguesia da Penha de França tendo pertencido anteriormente à freguesia de Santa Engrácia e à freguesia do Beato. A construção iniciou-se na segunda metade do século XVIII. Depois da análise do brasão pensa-se que a quinta terá pertencido aos condes de Vimioso e por isso é também conhecida como Quinta dos Vimiosos. Contudo, pouco se sabe sobre a história da propriedade a que este edifício esteve ligada, sendo que os registos existentes se referem essencialmente ao século XX. O primeiro registo encontrado faz referência ao proprietário – Joaquim Marques da Silva – em 1898. Sabe-se que até ao ano de 1987, ano em que foi adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa por auto de posse, o edifício terá sempre pertencido à família do referido proprietário. Consta nos registos que até ao ano de 1938 foram realizadas algumas obras de reparação e beneficiação geral, que em pouco modificaram a sua geometria/volumetria mas que em muito beneficiaram a sua fachada setecentista. Mais tarde, em meados do século XX, o palácio foi ocupado como vila habitacional por cerca de 30 famílias (aproximadamente 80 pessoas) de poucos recursos. Este facto contribuiu para a sua rápida degradação e nos anos 80, os habitantes dos 30 fogos tiveram que ser realojados por falta de condições de habitabilidade e higiene. Uma vez adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa, o edifício sofreu fortes obras de remodelação no interior e desde então, até aos dias de hoje, alberga as instalações administrativas da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR-SIMTEJO). O edifício desenvolve-se ao longo do eixo Norte-Sul, com a fachada principal virada a Este, articulada com o eixo viário e com a linha do caminho-de-ferro e respetiva ponte quase adossadas a uma extremidade superior do edifício. A