Arte egípcia
A civilização egípcia foi uma das culturas orientais mais admiradas e estudadas pelas nações ocidentais. Com base na pedra Rosetta, encontrada por um soldado de Napoleão, o cientista francês Jean-François Champollion decodificou uma série muito importante de hieróglifos, levando em conta as traduções em grego e em escrita demótica feitas na pedra.
A partir de então se constituiu a ciência da egiptologia. Sua aplicação imediata serviu para a tradução e interpretação dos textos pintados e gravados em muros e esculturas de templos funerários. Esses textos, por sua vez, revelavam a sua função: repouso de reis e nobres e de seus incalculáveis tesouros, após sua morte.
As obras conservadas mais significativas pertencem ao chamado império novo. A imponência e beleza dos templos de Luxor e Carnac e o delicado trabalho de ourivesaria também em objetos de uso diário refletem o apogeu de uma cultura que perseguiu, na beleza indescritível das manifestações artísticas, uma sincera oferenda a suas inúmeras divindades, cada qual para uma situação. Essas entidades costumavam ser representadas por esculturas com corpo de homem e cabeça de animal, vestido com os mesmos trajes usados pelo faraó, um deus na terra.
Pintura na Arte Egípcia
A pintura egípcia teve seu apogeu durante o império novo, uma das etapas históricas mais brilhantes dessa cultura. É preciso esclarecer que, devido à função religiosa dessa arte, os princípios pictóricos evoluíram muito pouco de um período para outro. Os temas eram normalmente representações da vida cotidiana e de batalhas, quando não de lendas religiosas ou de motivos de natureza escatológica.
As figuras típicas dos murais egípcios, de perfil, mas com os braços e o corpo de frente, são produto da utilização da perspectiva da aparência. Os egípcios não representaram as partes do corpo humano com base na sua posição real, mas sim levando em consideração a posição de onde melhor se observasse cada uma das partes: o nariz e o