palinologia
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O desenvolvimento da palinologia, no início do século vinte, e o seu uso para além de aplicações estratigráficas, podem ser atribuídos a Lennart von Post, a primeira pessoa a reconhecer que as alterações dos pólenes na composição dos depósitos de carvão eram resultado de alteração da vegetação e do clima (Kapp’s, 2000). O termo palinologia foi construído por Hyde & Williams, sendo mais abrangente que análise polínica (aplicada essencialmente ao trabalho realizado no domínio do Quaternário).
Palinologia deriva da palavra grega palunein = polvilhar, pó, também reconhecido no
Latim pollen = farinha (Jansonius & McGregor, 2002).
Os estudos palinológicos podem contribuir com informações para um variado leque de domínios científicos (Figura 2.1), nomeadamente: taxonomia, estudos genéticos e evolutivos, melissopalinologia (estudo do mel), ciências forenses, estudo de alergias, estudos históricos de vegetação (quer no domínio das espécies, quer no domínio das comunidades), correlação de depósitos e atribuição de idades, estudos de alterações climáticas, assim como o estudo do impacto do Homem na vegetação do passado
(Moore et al., 1991).
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Arqueologia
Agricultura
Floresta
Taxonomia
Medicina
Quaternário
Mel
Estratigrafia
Figura 2.1 – Algumas das aplicações da palinologia (adaptado de Kapp’s, 2000)
O conhecimento da evolução, das transformações sucessivas da flora e da fauna, bem como as relações geométricas (estratigráficas e cartográficas) e as características litológicas dos diversos terrenos, permitiram estabelecer cronologias relativas e dividir a história da Terra em eras, períodos, idades, etc. (Teixeira & Pais, 1976).
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2.1. ASPECTOS GERAIS DOS PALINOMORFOS
Nos anos 40, o termo palinologia incidia no estudo de esporos e pólenes, incluindo o material recuperado por métodos químicos a partir dos carvões e sedimentos. Como os outros elementos que resistiram aos