Paliativos em tratamento de saúde
Ao discorrermos sobre saúde, devemos sempre levar em consideração uma série de fatores, haja vista a realidade á qual vivemos em um país cujo sistema universal de saúde pública encontra-se em condições caóticas de funcionamento. No entanto, o tema do trabalho nos convida a estabelecer um paralelo entre esse mundo real, e o mundo representado por uma ficção que apresenta a realidade de uma minoria como sendo o padrão a ser seguido e atingido por parte da sociedade como um todo, em vários aspectos e assuntos, inclusive a saúde.
A proposta apresentada durante a novela Viver a Vida, representa a esfera dos exemplos a serem seguidos para a melhoria na qualidade de vida de doentes em fase terminal, e cuja recuperação, já não é mais possível. E nesse sentido, parece coerente o uso do que se chama paliativo, haja vista a brevidade da vida dos pacientes em questão.
Contudo, se trouxermos para a realidade brasileira de mais de 80% de nossa população que depende do SUS e se quer tem possibilidades de tratamento adequado para suas doenças, tampouco para medidas paliativas de amenizar seu sofrimento, pode-se traçar um paralelo entre as figuras , identificando que a ficção apresentada na novela representa a realidade de uma ínfima parcela da população (que dispõe de recursos) em contraposição à realidade da imensa maioria (que não dispõe de recursos) . A saúde no Brasil é extremamente carente, há um buraco existente entre médicos mal remunerados e pacientes inseguros , que faz com que o tratamento seja muito doloroso, não só fisicamente, mas psicologicamente( figura 2).
Conforme notícia da rede Record,de acordo com o líder do governo na Câmara Federal, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o Brasil precisa de, pelo menos, mais R$ 30 bilhões por ano para resolver os maiores problemas do setor - considerando apenas os investimentos federais. O valor representa 41,6% do que a União deve investir