Palhaço Tapioca
Não é fácil viver da área artística no nosso Brasil que não sabe apreciar a cultura. Não é diferente para o Palhaço Tapioca, interpretado pelo Boris Trindade Júnior, ou como é comumente chamado pelo meio artístico, Borica. A peça do Palhaço Tapioca está em cartaz desde Outubro, na capital de Pernambuco, tendo sua finalização na próxima quinta-feira (13/11). O espetáculo que teve parceria do Governo do Estado através do Funcultura, conta a história do palhaço que desde de que nasceu, vai descobrindo as aventuras de uma vida como palhaço. É impossível não notar que apesar do incansável trabalho de um artista de circo, há momentos que a melancolia toma conta. E assim se deu o clima dramático da peça, onde o pequeno tapioca se separou de sua mãe. A peça, escrita por Naruna Freitas, durou cerca de quarenta e cinco minutos e tirou risadas a quase todo instante, tendo que revezar tais momentos com os de admiração, como em sua incrível performance em um trapézio. Com a ajuda de Cláudio Siqueira, que atua como assistente do palhaço, ou contrarregra, Borica se empenhou pessoalmente de tirar uma gargalhada de cada pessoa que estava assistindo ao seu show. Apesar de o espetáculo ser do gênero comédia, o seu objetivo, ou devo dizer, sua mensagem não traz nenhuma alegria para os artistas. Palhaço Tapioca homenageia os palhaços Pinóquio, Picolino, Xuxu, Brasinha, Joinha e Cocorote, convidando-os metaforicamente em forma de bonecos para uma reunião durante o espetáculo, onde falam sobre a falta de espaço para o circo nas cidades brasileiras. Em busca de seu amor platônico, Maria, Tapioca acaba sua vida fazendo outras pessoas sorrirem, mas termina infeliz, pois Maria não tinha espaço para estar na vida dele. Por que, na verdade, ela não tem espaço urbano em meio à especulação imobiliária.