Paisagismo
O termo paisagismo no Brasil é por muitos considerado um termo genérico, podendo ser usado para designar diversas escalas e formas de ação e estudo da paisagem. Desta forma, poder-se-ia considerar como paisagismo tanto o plantio de um simples jardim, até o processo de concepção de projetos completos de arquitetura paisagística como parques e praças. Entretanto, fazendo um pequeno histórico dessa arte, pode-se perceber que a divisão do paisagismo como ciência, da simples jardinagem, já ocorreu há muito tempo. A grande dificuldade de se conhecer a fundo as características dos primeiros jardins da antiguidade está no caráter perecível da vegetação. Restam aos arqueólogos desvendar pinturas e escritos antigos, tentando reconstruir uma imagem dos primeiros espaços ajardinados.
A função do desenho da paisagem é mais que o desenho direto de arranjos espaciais ao ar livre. É o relacionamento contínuo entre cada indivíduo e a paisagem (ECKBO, 1950, p. 6).
O projeto paisagístico pode resgatar o espaço, tornando-o socialmente utilizado, considerando o uso específico para cada situação O paisagismo se aproxima de outras áreas do conhecimento que se dedicam ao espaço físico, tais como desenho urbano e planejamento, por causa do seu compromisso com o projeto. A este compromisso técnico soma-se aquele que deve existir com a sociedade, com o usuário, de natureza indissolúvel, pois o espaço deverá ser utilizado e responder satisfatoriamente a uma série de expectativas da população (KOHLSDORF, 2001).
O papel do paisagismo é bastante diversificado, podendo ser usado, por exemplo, para suavizar ou valorizar as formas arquitetônicas. A composição do paisagismo deverá levar em conta o que se deseja priorizar no projeto: dar privacidade, ocultar uma vista indesejável, reforçar caminhos, controlá-los, sombreá-los, como no caso dos estacionamentos, praças e play-grounds. Assim, utilizadas de maneira correta e de acordo com a finalidade, as plantas podem ser