Paisagismo Resenha
ARQUITETURA E URBANISMO
PAISAGISMO II
REFERÊNCIA: ALEX, S. Projeto da Praça. Convívio e exclusão no espaço público, 2008 (introdução)
DATA: 25/03/2015 O a introdução do livro Projeto da Praça de Sun Alex define que o projeto da praça, cuja configuração e transformação afetam diretamente o convívio social e, portanto, o exercício da cidadania, assim como a construção da democracia. O autor inicia sua explicação com as interpretações de diferentes arquitetos sobre o espaço público. Na cidade, assume inúmeras formas e tamanhos, compreendendo desde uma calçada até a paisagem vista da janela. Ele também abrange lugares designados ou projetados para o uso cotidiano, cujas formas mais conhecidas são as ruas, as praças e os parques. A palavra “público” indica que os locais que concretizam esse espaço são abertos e acessíveis, sem exceção, a todas as pessoas. Dentre os citados, está Paulo César da Costa Gomes, que entende que o lugar físico orienta as práticas, guia os comportamentos, e estes, por sua vez, reafirmam o estatuto público desde espaço. Portanto, o espaço público deve ser visto como um conjunto indissociável das formas assumidas pelas práticas sociais. Já para Mark Francis, os espaços públicos são paisagens participativas, e o controle do usuário pode ser compreendido com base nas cinco dimensões propostas por Kevin Lynch para construir “bons” ambientes: presença, uso e ação, apropriação, modificação e disposição. E para Michael Laurie, além de contemplar as atividades recreativas de uma sociedade pluralista, os grandes parques devem desempenhar funções ambientais, como reciclagem de dejetos, reflorestamento urbano e controle de microclima, sendo também jardins comunitários. Inserido no contexto da cidade e integrado ao entorno, o neighborhood park de Laurie aproxima-se da ideia da praça “tradicional”, comum nas cidades brasileiras, porém rara nas americanas e praticamente inexistente na experiência do paisagismo moderno