PAI P Sebenta
Sebenta e Bibliografia
Rita Pasion
Nota: o símbolo fr. é empregue numa patologia como sinónimo de frequentemente associado a essa patologia, o que não invalida que esteja presente noutras ou no assumir de formas diferentes dessa mesma psicopatologia; apenas é mais saliente. Dessa forma, nesse tipo psicopatologico, ajuda auxilia na sua caracterização, ainda que mais geral e sem as diferentes variantes.
1. História Clínica Psiquiátrica
Registo completo da primeira interacção com o cliente; uma descrição fiel do seu comportamento como se se tratasse de uma transcrição linear do seu viver no mundo interior (Jaspers) deixando, numa primeira fase uma interpretação. É realizada de forma confidencial e adquire elevado valor terapêutico. Está sempre susceptível à influencia de múltiplas variáveis (ex: psiquiatra - estado emocional, crenças; doente - motivação; ambiente – tranquilidade, lugar, privacidade; interacção da família) e é uma situação particular de interacção humana que também ela tem variáveis (ex: empatia ou não). O conhecimento destas variáveis permitem o reparo, caso estejam a interferir no processo. O profissional deve utilizar os seus conhecimentos para compreender o que está a acontecer e estimular o paciente que espera obter auxilio, ainda que o paciente psiquiátrico possa estar inconscientemente a ser alvo das suas defesas.
É diferente de uma check list – é a entrevista que se adapta ao paciente, não o paciente que se adapta à entrevista. Não temos de seguir uma ordem exacta e ir marcando o que já abordamos, ela é um processo flexível e que deve ser adaptado ao cliente, nomeadamente pela forma como ele se dispõe a participar. Assim, é importante estabelecer uma relação terapêutica para que se possam abordar, primeiramente, assuntos mais acessíveis e, seguidamente, assuntos mais protectores.
Não implica só descrever o que ele diz ou observamos; é preciso também