Pai rico pai pobre
Fernanda Almeida (administração de Empresas/Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança), Uiara Venceslau (Orientadora).
Desafiando constantemente o tempo e a distância, cada vez mais o homem foi desenvolvendo artefatos mais sofisticados e permitindo que as trocas entre os grupos evoluíssem do nível local para o regional e, principalmente, se avolumassem as inter-regionais. É o crescimento desta última que caracteriza a nova ordem mundial neste final de século XX, denominada globalização. São os efeitos irreversíveis da tecnologia e os julgamentos e preferências dos consumidores em todas as partes do mundo moldando a economia global.
As causas da internacionalização do desenvolvimento econômico sob o regime capitalista, um dos aspectos da globalização, já foram elucidadas por Marx e Engels há mais de um século. Eles enfatizavam que a exploração do mercado mundial internacionalizava a produção e o consumo de todos os países, o que resultaria numa dependência mútua das nações em lugar do isolamento. Embora se argumente a internacionalização de mercados tem sua origem no capitalismo, o comércio internacional não é exclusividade dos países capitalistas. Também para os países socialistas o comércio internacional vem se intensificando. Entretanto, mesmo nos países capitalistas o discurso vem mudando nas últimas décadas.
Apesar de a economia global não ser a única tendência que caracteriza a sociedade pós-capitalista, sugere-se que essa economia seja uma das reestruturações críticas pelas quais passa a sociedade neste final de século XX. De fato, os povos desejam se unir para comercializar mais livremente, embora desejem ser política e culturalmente independentes. Com as nações integrando-se a uma economia global, já não se está mais claro quem vai fazer o quê. Mergulha-se em uma redistribuição global do trabalho e da produção.
À medida que se aproxima o século XXI, aumenta a mobilidade da indústria, do investimento, de