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A ersteingh o a PÁGINAS AMPLIADAS.
O LIVRO-REPORTAGEM COMO EXTENSÃO
DO JORNALISMO E DA LITERATURA.
Autor: Edvaldo Pereira Lima
São Paulo: Manole, 2004

Resenhista

Roberto Araújo
Jornalista e Professor do IMES

O jornalismo precisa redescobrir o valor da reportagem. A conclusão é praticamente inevitável para quem lê a nova edição de Páginas ampliadas – o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura, do professor Edvaldo Pereira
Lima. Enquanto o mercado editorial tem sido brindado nos últimos anos com inúmeros e bem-sucedidos títulos na modalidade livro-reportagem, a reportagem como gênero jornalístico perdeu consistência nas redações, regidas cada vez mais por premissas industriais e comerciais e embriagadas por esses tempos de informação on time. Não que a obra de Edvaldo
Lima tenha o propósito de discutir esse paradoxo – mas seu conteúdo, tomado como traçado preciso da evolução das técnicas jornalísticas como forma de expressão e de conhecimento, nos leva também a refletir sobre o tema. janeiro/junho-2004 Em essência, o que Páginas ampliadas nos oferece é a oportunidade de revisitar a história do jornalismo e sua proximidade com a literatura. Uma viagem que começa a partir do momento em que o texto jornalístico evolui da notícia para a reportagem e vai buscar inspiração na arte literária.
O recuo no passado dá a verdadeira dimensão desse casamento, mais evidente no Brasil entre
1850 e os primeiros anos do século 20. Como ressalta o autor, seja por razões de subsistência ou para buscar um canal de aprimoramento de sua arte, muitos escritores fizeram escala no jornalismo.
Machado de Assis iniciou sua vida profissional como aprendiz de tipógrafo e revisor. Muitos outros escritores consagrados, como
Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar, também trabalharam em jornal. No exterior, os casos também são inúmeros.

Um dos principais exemplos desse relacionamento, o