Padrões epidemiologicos leishmaniose
A Leishmaniose tegumentar representa hoje um grande problema de saúde pública, com registros em 88 países de quatro continentes (América, Europa e Ásia). Com registros anuais girando em torno de 1 a 1,5 milhões de novos casos, a leishmaniose é apontada pela Organização Mundial de Saúde(OMS), como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, principalmente pela sua capacidade de produzir deformidades(Ministério da Saúde, 2007).
No caso do Brasil, a atenção é voltada para a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), considerando-se os níveis de deformidade causadas no ser humano e o grau de envolvimento psicológico, que acabam tendo reflexos no campo social e econômico(Ministério da Saúde, 2007).
Podemos observar a ocorrência da doença em todas as regiões brasileiras, com elevadíssimo aumento no registro de casos, saltando de 3000(1980) para 35.748(1995). Picos de transmissão foram observados num intervalo de 5 anos, com grande aumento a partir do ano de 1995, quando se consolida a implantação das ações de vigilância e controle da LTA no país observando-se uma média de 28.568 casos anuais, numa proporção de 18,5 casos /100.000 habitantes. (Ministério da Saúde, 2007).
Em meados da década de 1980, a LTA passa a se fazer presente em todos os estados da federação, com forte presença em algumas áreas e casos isolados em outras.
A LTA atinge todos os sexos em todas as faixas, embora seja mais comum entre os maiores de dez anos (90%), na maioria homens (74%). Segundo dados do ministério da saúde, até o ano de 2003 foram identificadas 24 áreas diferentes de produção da doença de relevância epidemiológica, considerando-se indicadores de densidade de casos (Ministério da Saúde,