Leishmaniose tegumentar no estado de mato grosso
DOMBROSKI, Tiago; GODÓES, Thássia Caroline de Almeida; SCHIO, Rafael. Leishmaniose Tegumentar na Região Norte de Mato Grosso. 2011. Levantamento bibliográfico apresentado na disciplina de Doenças Parasitárias – UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso.
A leishmaniose é uma importante doença parasitária, de caráter zoonótico. Onde o agente etiológico é protozoário do gênero Leishmania, transmitidas ao homem e outros vertebrados, pela picada de insetos hematófagos, dípteros da subfamília Phlebotominae. A principal espécie causadora de leishmaniose tegumentar é L. braziliensis, seguida de L. amazonensis e L. guyanensis. Consideradas doenças de ambiente rural, as leishmanioses vêm passando por mudança em seu perfil epidemiológico, como a adaptação de vetores e de protozoários a várias condições ecológicas e a transmissão passou a ocorrer em peridomicílio e intradomicílio, mesmo em áreas já desmatadas, tendo o cão como importante papel na manutenção da doença, mantendo o vetor no ambiente e consequentemente o ciclo de transmissão. Mato Grosso é considerado região endêmica para leishmaniose tegumentar e visceral, observando-se ao longo dos anos um incremento no número de casos, bem como expansão para áreas consideradas não endêmicas. No período de 2004 a 2008, foram registrados 15.685 casos de LTA no Mato Grosso, o que corresponde a 84% da ocorrência na Região Centro-Oeste e 13% no país. O Mato Grosso é o segundo estado com maior registro de casos no país. Os maiores coeficientes de detecção no Estado foram para as regiões Juína e Sinop com 542,5 e 367,4 casos por 100.000 habitantes respectivamente. Apesar de importante redução, (44,8%) Juína em 2007, continuou tendo o maior coeficiente de detecção do Estado, (299,1 por 100.000 habitantes) seguido por São Felix do Araguaia (264,8 por 100.000 habitantes). Os 3 municípios com maior número de casos em LTA, são eles Sinop (116), Peixoto de Azevedo (95) e Colniza (81). A doença apresenta complexo