P2 Functional Approach
Texto: Functional Approach
Autor: David Mitrany
É característica de todos os períodos de transição que os reformistas estejam mais prontos para lutar em defesa de uma teoria do que de sintetizar um problema. O funcionalismo não surge como uma teoria, mas como uma ansiedade. No caso das RI, quando se busca mudança não é suficiente mostrar como alcançá-la, mas alcançá-la de forma completa e perfeita. Em tempos passados a paz era buscada como um nobre sonho e assim permanece, mesmo em tempos presentes, se estiver além do alcance da humanidade. A ideia de organização internacional é reduzida a uma opinião pública, que agora deve ser tratada com fatos reais e medidas previsíveis, de modo a pressionar os governos a adquirir uma conduta ativa de política internacional. As prospecções são positivas e duas tendências se sobressaem: a de um governo nacional próprio e a de mudanças políticas radicais. Ambas atuam em campos diferentes, porém se fundem. Internacionalmente, há perigo de regressão nesse nacionalismo social. A mesma tem levado a separação do mundo em Estados independentes. A divisão moderna de trabalho tende a juntar países e pessoas e é essa unidade que está em perigo de ser perdida pela nova concepção de Estado. É sob essas condições que a construção das bases do sistema internacional deve começar – na reconciliação dessas duas tendências. A organização internacional pode ser vista sob três características: uma associação geral e flexível, como a ONU e a Liga das Nações; um sistema federal e arranjos funcionais. ASSOCIAÇÃO GERAL E FLEXÍVEL - Se sustentam em separatismo nacional, são associações flexíveis para reuniões ocasionais e específicas, com participação voluntária. A integração econômica e social é facilitada, mas as associações se abstêm de prescrever ações e principalmente de tomá-las no lugar do Estado. O arranjo se torna inadequado e incerto em seu funcionamento. FEDERALISMO – foi introduzido pelo