OUVIRAM OU NÃO OUVIRAM
O Hino Nacional, o patriotismo e as datas cívicas sumiram da escola. Aproveite este Sete de Setembro para tratar do assunto
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Hora cívica na Ministro Marcos Freire: crianças cantam o hino toda semana. Foto: Maurício Barbante
A cena ao lado é repetida toda semana: os alunos da Escola Municipal Ministro Marcos Freire, em Cuiabá, em Mato Grosso, reúnem-se no pátio, perfilam-se e cantam o Hino Nacional. "É dever da escola ensinar a reverência aos símbolos nacionais", diz a diretora, Elka Cardoso Oliveira.
Há uns vinte anos, essa seria uma verdade absoluta. Mas já não é bem assim. Em algumas escolas, cantar o hino e comemorar as datas cívicas são atos suspeitos de ter parentesco com aquele mau nacionalismo da ditadura militar (1964-1985). Para outras, a idéia de que somos uma nação é tão abstrata que o civismo não tem sentido para os alunos.
Em um ponto todos concordam: a maior parte das escolas têm dificuldades em explicar aos seus alunos que país é este, que deveres temos como brasileiros e o que é amar a terra em que nascemos.
A cidadania
No próximo mês, dia 7, o Brasil completará 175 anos como país independente. A data é ótima para um debate com seus alunos sobre o que é a cidadania e como colocá-la em prática. Acompanhe um roteiro de atividades sugerido por uma educadora de Santa Luzia, MG.
A ressaca
Nos 21 anos em que durou, a ditadura militar usou os símbolos nacionais como se fossem dela. Era a época das prisões, dos exílios e do "Brasil: ame-o ou deixe-o". Doze anos depois, esses anos de chumbo ainda pesam na cabeça de muitos professores.
O hino
Cantar o Hino Nacional sem entender o seu significado, como um papagaio, pouco vale. Uma professora de Português, em Recife, propõe que a turma mergulhe na letra do hino para compreender o que ela quer dizer e, de quebra, ter uma aula de gramática.
A nação só será etendida se for vista no dia-a-dia
Qual foi a