Ouro Preto
A riqueza dessas jazidas explica sua denominação primeira, Vila Rica, bem como sua designação, em 1720, para capital da Província das Minas Gerais, criada pela Coroa Portuguesa para administração daquele território.
Principal cidade do denominado Ciclo do Ouro, Ouro Preto, além de ter sido o berço de artistas, responsáveis pelas mais significativas obras do barroco brasileiro, foi também o cenário do movimento pela independência do Brasil em relação a Portugal, denominado de Inconfidência Mineira, cujo mártir, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, tornou-se o patrono cívico do país.
A partir de meados do século XVIII, em substituição às técnicas de pau-a-pique e adobe, as construções passaram a ser de pedra e cal, expressão da riqueza propiciada pela exploração do ouro e do trabalho escravo. Data dessa época o esplendor do admirado barroco mineiro, fruto, entre outros, da genialidade de seus principais artífices, o escultor e mestre-de-obras Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e o pintor Manoel da Costa Athaíde.
O período ficou marcado também pela atual Praça Tiradentes, um grande espaço urbano no qual foram edificados dois dos maiores exemplares da arquitetura civil: de um lado, o Palácio dos Governadores, que abriga atualmente a Escola de Minas; do outro, a Casa de Câmara e Cadeia, hoje Museu da Inconfidência. Acresce-se ao conjunto a Casa dos Contos que, segundo o professor Augusto Silva Telles, constitui “... uma das mais elegantes e requintadas edificações civis, com cunhais, cimalhas e guarnições de vão em apuradíssima cantaria”. (Apud DRUMMOND, 2000: 146).
A drástica redução da mineração aurífera com a decorrente