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620 palavras 3 páginas
O livro ”A Norma Oculta: Língua e poder na sociedade brasileira”, está organizado da seguinte maneira: um prólogo, três capítulos e um epílogo.

O prólogo, intitulado Mídia, preconceito e revolução, chama atenção para o fato de alguns jornalistas terem criticado a forma de falar do ex -presidente Luís Inácio Lula da Silva(Lula) simplesmente por ele não usar a norma padrão (imposta pela gramática normativa).
Em nossa sociedade o uso da gramática normativa é posto como uma regra que jamais pode ser quebrada e quem se comunica através de formas estigmatizadas não está apto a ocupar cargos importantes.
NÃO É BEM ASSIM!O povo brasileiro é muito grande e possui uma variedade linguística incrível. Por isso, devemos respeitar cada forma de expressão e não apenas criticá-las, dizendo que estão erradas. Marcos Bagno 2003 diz que devemos “olhar para a língua dentro da realidade histórica, cultural, social em que ela se encontra, isto é, em que se encontram os seres humanos que falam e escrevem”. A partir desse trecho, podemos nos conscientizar de que não podemos exigir que nossa população unifique seu modo de falar porquê isso depende do contexto em que a pessoa está inserida. Se há pessoas com pouca escolaridade ou que não tiveram acesso a escola, como podemos exigir que essas pessoas conheçam a “norma padrão” imposta pela gramática normativa?
Lula foi um presidente que possuía a cara do povo brasileiro, ele sabia se comunicar de acordo com o ambiente em que estava inserido, ou seja, ele possuía uma verdadeira apropriação de nossa língua, pois sabemos que o conhecedor de uma língua não é apenas o que domina a norma culta, na verdade, é aquele que sabe usar a sua fala de forma diferenciada em ambientes distintos.
Lula atendia tanto as expectativas das camadas menos favorecidas quanto ás expectativas dos setores mais conservadores.
Ao ler a definição dos três capítulos, intitulados: Por que norma?Por que culta? Um pouco da história : o fantasma colonial e a mudança

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