ossos do neurocrânio e viscerocrânio
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Ana Sachs
Do UOL, em São Paulo
08/12/201207h00
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Cercada de mistérios, a hipnose ainda é vista com olhos tortos por muitas pessoas. Talvez por seu passado obscuro, ligado ao curandeirismo e a rituais mágicos tão antigos quanto a humanidade. Poucos sabem, no entanto, que se trata de uma prática reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como ferramenta de apoio ao diagnóstico e tratamento médico desde o fim da década de 90. E, como tal, de mística ela não tem nada.
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A hipnose nada mais é do que um mecanismo mental, totalmente explicável pela ciência. De acordo com Osmar Ribeiro Colás, obstetra e especialista em hipnose da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), entrar em estado hipnótico é algo fisiológico, natural do organismo, que experimentamos várias vezes ao dia. "Entramos e saímos toda hora de estados de hipnose, pois não conseguimos ficar focados em algo o tempo todo", diz.
Na terapia da hipnose, a pessoa não fica "inconsciente", como se acredita; ela apenas tem seu senso crítico diminuído e, com isso, fica mais aberta às sugestões dadas pelo médico
Quando dizem que você está "viajando", focalizado em algo a ponto de nem escutar quando te chamam, você está, na verdade, em uma espécie de hipnose. Mesmo presente, sua concentração é tamanha que tudo em volta acaba sendo bloqueado da percepção. É como se sonhasse acordado.
"Quando estamos concentrados em uma tarefa e não percebemos o tempo passar ou o que acontece ao redor, estamos em um processo hipnótico, pois a mente esta focada naquela ação e, com isso, as outras atividades deixam de ser prioritárias e passam despercebidas", explica o psiquiatra Leonard Verea, formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia