Os órgãos vestigiais
Sabemos que tais animais já existiram porque deixaram fósseis que mais tarde foram descobertos pelos cientistas. Ossos e carcaças fossilizados ajudam o homem a montar o grande quebra-cabeça da história da vida na Terra.
Mas a evolução deixa outros vestígios durante seu curso. Alguns destes vestígios são os órgãos sem uso que alguns animais têm inclusive o ser humano. É disso que este trabalho se trata: órgãos humanos que já não têm função no corpo.
O cóccix, aquele ossinho do final da coluna vertebral, nada mais é do que uma cauda residual. Nossos antepassados, ao viverem em árvores, provavelmente necessitavam de uma causa para poder ter equilíbrio e comunicação entre seus pares . Quando os primatas dos quais evoluímos ficaram bípedes, o velho rabo foi se tornando cada vez mais inútil, até que encolheu e ficou como está hoje. Há casos de anomalias em que pessoas nascem com cauda, mas isto é muito raro. A parte do intestino, formalmente conhecida como apêndice vermiforme, é uma cavidade oca, alongada e estreita, com uma extremidade fechada. Deriva do ceco, uma bolsa no início do intestino grosso, que recebe alimentos parcialmente digeridos despejados do intestino fino. Quando os alimentos param no beco sem saída ─ o ceco ─, microrganismos benéficos ao intestino ajudam a triturá-los ainda mais. Alguns animais herbívoros como coelhos e coalas têm um apêndice maior, onde vivem bactérias especializadas em digerir celulose que executam a mesma função.
No entanto, vários animais que se alimentam de plantas, incluindo os macacos, não têm apêndice, e precisam de um ceco mais longo para triturar os vegetais. Como o apêndice parece ser opcional, mesmo entre primatas, os biólogos não podem simplesmente inferir que o nosso seja