A quinta historia
Leitura Superficial
Ao fazermos a leitura superficial do texto A Quinta História, verificamos que trata-se de um narrador – personagem que ao se queixar de baratas, recebe a receita de uma senhora para exterminá-las.
Todas as noites, como um ritual, ela preparava a mistura do veneno : açúcar, farinha e gesso em quantidades iguais.Espalhava o pó pela casa na intenção de matar as baratas. Ao acordar de madrugada o narrador – personagem observava como o veneno reagiu em cada “vítima” provocando sua morte.
Leitura Intermediária
Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, na aldeia Tchetchelnik, em 1920. Passou sua infância em Recife e na adolescência se mudou para o Rio de Janeiro.
Sua primeira obra foi o romance “Perto do Coração Selvagem”.
Em 1975 aceitou representar o Brasil no Congresso Mundial de bruxaria, na Colômbia. Sempre foi mística, supersticiosa e curiosa a respeito do sobrenatural.
Em 1977 soube que sofria de câncer,e na véspera do seu aniversário morreu em plena atividade literária, não havendo mais a possibilidade de concluir o conto com “A quinta história”.
Nesta mesma obra “A Quinta História” podemos afirmar que baratas são baratas? Na verdade as baratas representam as máscaras sociais que somos obrigados a usar em nossa vida.
A autora descreve no conto uma situação de crise, problemas e lutas internas por meio da conotação com as baratas, que seriam esses obstáculos pelos quais passamos e que nos consome. É a representação da luta diária com a nossa consciência.
O conto se relaciona com as histórias “As mil e uma noites” e “Tecendo a manhã” e com a tragédia ocorrida em Pompeia.
Leitura Profunda
O conto remete a luta do Eu lírico por sua vida, caracterizando o par dicotômico VIDA e MORTE. A autora tenta exterminar os sentimentos negativos que há dentro de si, que são representadas pelas baratas. Sua luta é positiva e representa a própria vida.
A morte é algo que vai além da destruição do corpo, é também