OS TRABALHADORES NEGROS NO BRASIL
Embora a proporção de pretos e pardos na população brasileira seja menor do que a dos brancos, não há diferença numérica acentuada entre os dois grupos populacionais. Em 1999, a população branca no Brasil representava 54%; pretos, 5,4%; e pardos, 39,9% (Tabela 1).A região Sul apresentava o maior número de brancos, 83,6%, seguida da região Sudeste, com 64,0%. A maior porcentagem de pretos se encontra no Sudeste, 6,7%, e no Nordeste (5,6%). Já a maior proporção de pardos se encontra no Norte, 68,3%, e Nordeste, 64,5% a população total por cor, verifica-se que, entre os pardos, há 48,4% de pobres e 22,3% de indigentes. Na população d e cor preta, 42,9% são pobres e 18,3%, indigentes. Já considerando somente a população de cor branca, em 1999, 22,6% são pobres e 8,1%, indigentes. Esses dados permitem concluir que a população preta e parda possui piores condições de vida do que a população branca Quanto à inserção por posição na ocupação, há diferenças expressivas. Na categoria de trabalhadores domésticos, os brancos são 6,1%, enquanto os pardos chegam a 8,4% e os pretos a 14,6%. Entre os empregadores, cerca de 5,7% são brancos,2,1%, pardos, e 1,1%, pretos (Tabela 4).
Entre 1992 e 1999, há aumento nos anos de estudo tanto dos brancos quanto dos pretos e pardos. Entretanto, os brancos continuam com um número maior de anos de estudo.
O mesmo acontece com as taxas de analfabetismo. De forma geral, há redução das taxas em todo o Brasil e para todos os grupos de cor. No entanto, os pretos e pardos possuem taxas de analfabetismo maiores do que os brancos.
A mesma desigualdade persiste com relação ao acesso e à conclusão da educação superior. Os pretos e pardos que concluíram os cursos superiores são apenas 15,7% do total de formandos que realizaram o Provão 2000