Os tempos do texto na sala de aula
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OS TEMPOS DO TEXTO NA SALA DE AULA Maria Inês Pagliarini Cox. Nos anos 60, desencadeou uma virada pragmática no campo da linguística, o desejo de uma ruptura com o tradicional ensino da língua, baseada na forma. O que seria essa virada pragmática? Um novo modelo de ensino começa a estabelecer-se o uso da língua, tendo o texto como base. O texto tem significados diversos como uma unidade de significação, produto concreto da interação de seus usuários e como discurso. Nos anos 70, a história do texto na sala de aula começou a ser escrita, tendo a virada pragmática com elemento de idéias. No século XX, a linguística concentra-se no estudo da forma, deixando de lado os usos da língua. Émile Benveniste levanta um problema que persegue toda linguística moderna, a relação "forma e sentido", em que muitos linguísticas desejavam diminuir a noção única de forma, sem conseguir libertar-se do sentido, o centro da língua. Émile Benveniste recusando-se a abrir mão do sentido, abre o estudo - a fala, enunciação, discurso. Havendo uma linguística que se interessa pelos usos da língua, pelo discurso. Enquanto a linguística da lígua aplica-se sobre a fonética e fonologia, a linguística do discurso aplica-se sobre o enunciado e texto. O campo da linguística expandiu-se na segunda metade do século XXI, com a formação de disciplinas como: a linguísitca textual, pragmática, análise do discurso, entre outras. A linguística do discurso requer que os alunos, ao interagirem, produzem textos, não palavras e frases, em desenvolvimento da comunicação dos alunos. Com a virada pragmática da linguística no Brasil, o texto destaca-se como unidade nuclear, o ensino da língua materna. Assim o texto entra definitivamente na sala de aula, o que é para ser uma gramática no texto, vira uma gramática no texto. A