Os pilares da franco maçonaria
Já em 1738, o Papa Clemente XII se inquietava com a proliferação de “certas sociedades, assembléias e reuniões de franco-maçons, nas quais homens de todas as religiões se empenham por um juramento prestado sobre a Bíblia e sob as penas mais graves ocultar por meio de um silêncio inviolável tudo o que praticam na obscuridade do segredo”. Um ano antes, na França de Luís XV, as indiscrições de um membro da fraternidade sobre as reuniões clandestinas de sua Ordem despertaram as suspeitas do poder real.
Conta-se que nessas assembléias chamadas “lojas”, homens de diferentes condições e religiões se juntavam para discutir sobre vários assuntos, utilizando símbolos e uma linguagem hermética para os não–iniciados.
A franco-maçonaria é uma sociedade discreta de caráter mundial que se fundamenta em valores de humanismo, tolerância e de fraternidade. É uma instituição humanitária, filosófica, iniciática e espiritual, que tem por base essencial a crença em um Poder Supremo expresso sob o nome de Grande Arquiteto do Universo, ao qual alguns maçons conferem o nome de Deus.
INICIAÇÃO
A iniciação é o processo pelo qual um profano (pro fanum, diante do Templo) se torna um iniciado (in itium, no caminho). Este é recebido com uma venda nos olhos e passa por provas da terra, da água, do ar e do fogo, antes de morrer simbolicamente e renascer como franco-maçom – então se torna um aprendiz que deve guardar-se em silêncio, a fim de compreender as regras da loja. Após um longo período, tornando-se companheiro, exerce seu direito à palavra. Enfim, mestre, dispõe-se de todos os instrumentos simbólicos necessários, aprofundando seu compromisso para com a loja.
GRAUS
Desde o século XVII, pareceu a alguns francos-maçons que os três graus não eram suficientes. Desse modo, eles enriqueceram a franco-maçonaria com uma pirâmide de altos graus. O Rito escocês Antigo e Aceito compreende 33 graus: do aprendiz ao soberano inspetor geral.