Os pensadores políticos desde n. maquiavel até g. w. f. hegel
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)
Maquiavel é o primeiro que considera a política de maneira científica, crítica e experimental, começando a fundamentar a ciência política, separada da moral e da religião, elaborando uma teoria de como se constitui o Estado moderno. Ele discorda de pensadores anteriores, como Aristóteles e Platão, pois para ele o Estado deixa de ter a função de assegurar a felicidade e a virtude, ou de ser uma preparação dos homens ao reino de Deus, e também abandona a idéia de um Estado ideal, para se dedicar a estudar as coisas como elas são, a realidade política e social como ela é, e observar o que se pode e é necessário fazer, ao invés daquilo que seria certo fazer. Para ele, é necessário levar em consideração a natureza do homem e atuar na realidade efetiva. Entre ser amado ou temido, é melhor ser temido, pois quem esperar gratidão por ter sido bom, será derrotado, já “o temor é mantido por um medo de castigo que não nos abandona nunca”. Portanto o poder do Estado moderno funda-se no terror. Apesar de ele ser um republicano e democrata, ele pensa na construção de um Estado unitário e moderno, portanto do Estado absoluto, e descreve o que será o processo real da formação dos Estados unitários.
Jean Bodin (1530 – 1596)
Bodin polemiza contra Maquiavel, já que ele não pretende mostrar como se constrói um Estado moderno, mas sim como ele é (baseado na França de então), nos fornecendo uma teoria do Estado moderno, colocando o problema do consenso e da hegemonia, e afirmando que o Estado é constituído essencialmente pelo poder, com autonomia e soberania, sendo essa a única ligação que transforma as partes de uma sociedade em um Estado unitário.
Thomas Hobbes (1588 – 1679)
Hobbes descreve o surgimento da burguesia, a formação do mercado, a luta e a crueldade que o caracterizam. A teoria do Estado de Hobbes diz que os homens em seu estado natural destroem-se uns aos outros na luta pelo