OS PALESTINOS TÊM DIREITO AO SEU ESTADO
Mas, não bastasse isso, há os massacres. O mais recente, na Faixa de Gaza, matou em oito dias 162 palestinos, dos quais 37 crianças; deixou mil feridos e centenas de casas e prédios públicos destruídos. Foram precisos oito dias de ataques sanguinários para o mundo despertar e só assim ser assinada o que chamo de uma trégua e a mídia chama de um cessar-fogo. Israel, mais uma vez, sai derrotado. Neste caso, não só moralmente, mas agora militarmente, pois se viu atingido por mísseis que jamais sonhava que os palestinos tivessem.
Não vejo outra saída para o conflito senão a troca de terras pela paz. Foi assim em toda a história dos conflitos da humanidade. Os povos que lutam pela sua terra só aceitam a paz quando conquistam seus objetivos. Por que seria diferente com os palestinos? Esse sofrido povo já perdeu demais. Hoje, são mais de 5 mil presos políticos. E 20% de todos os jovens já foram presos pelo menos uma vez na vida.
A questão da Palestina, que já ultrapassa seis décadas, é o caso emblemático da tensa situação política que vigora hoje em todo o Oriente Médio. Desde que a ONU aprovou a partilha da Palestina histórica, destinando aos judeus que para lá imigraram 54% daquelas terras e aos palestinos, que lá moram há milhares de anos sem ter saído jamais, apenas 46%, a tensão só fez elevar-se.
O Estado de Israel foi proclamado em 15 de maio de 1948, quando a Inglaterra encerrou o chamado Mandato Britânico sobre a Palestina. No entanto, o Estado da Palestina nunca foi estruturado. De lá para cá, as coisas só pioraram nesses 64 anos. A Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967,