Os ortodoxos
O papa João Paulo II tentou duas vezes visitar o patriarca de Moscou, mas nunca foi recebido.
Os ortodoxos acreditam ser os verdadeiros continuadores da obra de Jesus Cristo
Diziam-me os ortodoxos libaneses, quando lá morei por alguns anos, que os católicos interpretam falsamente aquilo que Jesus disse a Pedro (Mateus 16.19: “Te darei as chaves do reino dos céus”... Ora, Jesus não disse: “Te darei a ti e aos teus sucessore s...” É algo prometido a
Pedro só! Não se entende, portanto, por que motivo os bispos de
Roma se acham “sucessores” de Pedro, ainda mais que não existe em Roma sinal da presença e da morte de Pedro.
Só uma frase foi encontrada nas catacumbas de Roma, escrita em grego: “Aqui Pedro”... Qual Pedro?
(Veja meus artigos em A Tribuna: “Os bispos de Roma e a ideologia do poder”. Note-se de passagem que só Mateus, cujo texto original foi escrito cerca de 50 anos depois de Cristo, relata o fato das chaves... e quem me garante que não seja uma manipulação vaticana feita pelos monges copistas romanos, já que não temos mais o original?)
Se as palavras de Jesus fossem verdadeiras, jamais o Concílio de
Calcedônia, do ano 451, teria reconhecido somente cinco redes patriarcais, todas de igual valor e poder: Jerusalém (a primeira),
Antióquia, Alexandria, Constantinopla e Roma: e Roma, a última, foi incluída porque já foi capital do Império Romano.
E o mesmo Concílio, no cânon 25, não teria sublinhado que entre essas cinco sedes patriarcais havia igualdade de poder. Tudo aconteceu quando o imperador Constantino, por motivos pessoais, como expliquei naqueles artigos, fundou em Bizâncio a
Nova Roma; a velha e antiga Roma se sentiu humilhada e procurou recuperar seu poder político por outros meios.
Foi assim que o bispo Gelásio I(496) entendeu que a sua jurisdição patriarcal se estendia sobreos poucos cristãos da França, Itália e Espanha. E foi, nesta época, que inventaram que Constantino foi batizado e sarou