Os olimpianos

Os Olimpianos modernos são as vedetes da imprensa, que se situam entre o real e o imaginário. Pessoas que vivem um pouco de tudo, sem se envolver profundamente. Eles são os artistas de cinema, da TV, os jogadores de futebol, cantores, modelos, esportistas, políticos,... A informação eleva a dignidade de eventos, que na verdade são banais, como as dietas, as roupas, os namorados, de cada celebridade. Os Novos Olimpianos são simultaneamente, ideais inimitáveis e modelos imitáveis, são sobre-humanos, no papel que eles encaram, humanos na existência privada que eles levam. A imprensa ao mesmo tempo que investe nos Novos Olimpianos um papel mitológico, mergulha em suas vidas privadas afim de extrair delas a substancia humana que permite a identificação. O Olimpo domina a cultura de massa, mas se comunica pela cultura. Os N.O. por ter dupla natureza, ao mesmo tempo que eles vivem a fantasia, eles chamam os mortais para viverem também, criando um complexo de projeção-identificação. O Novo Olimpo é de fato o produto mais original do novo curso da cultura de massa. Os N.O. se tornam modelos de cultura,por conseguirem viver nessa natureza imaginária e real. Passando para o público serem modelos de vida.
São os novos grandes modelos que trazem a cultura de massa, destronando assim os antigos modelos, que eram os pais, educadores e heróis nacionais. Mais do que a burguesia e a aristocracia, os Antigos Olimpianos, os Novos Olimpianos vivem próximos a humanidade cotidiana. E são os N.O. que unem bem os meios de comunicação, eles informam, fazem publicidade, na TV ou no Rádio. A Cultura de massa produz seus heróis, seus semi-deuses, embora se fundamente naquilo que é exatamente a decomposição do sagrado, o espetáculo, a estética. Indo contra a imagem de deuses, a imprensa mostra sua realidade seu lado mortal, e tenta mostra que eles também consomem, que são mortais e modelos alcançáveis. Como estão longe das lendas, contos de fada, são indiferentes a