Os modos ibéricos
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Schwartz, Stuart B. e Lockhart, James; “A América Latina na época colonial”; tradução de: Maria Beatriz de Medina - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002; Capítulo 1: “Os modos ibéricos”.
A Península Ibérica
As cidades-estado eram a principal forma de organização da península Ibérica antes da unificação e consolidação da monarquia, num Estado Nação.Os ibéricos davam maior importância à província de origem (chamada de pátria chica) do que à nacionalidade.
Nas cidades se localizavam as sedes das principais organizações eclesiásticas, comerciais, sociais e agrícolas, dentre estes o conselho municipal, “onde representantes das famílias socialmente mais importantes e economicamente mais poderosas sentavam-se com grande pompa” (pg. 22).
Sociedade: Classes e Grupos
“Os próprios ibéricos falavam muito da distinção entre nobres e plebeus, e tinha-se a nobreza em tão alta conta que uma proporção bastante grande da população, pessoas que em outros países seriam aldeões prósperos, defendiam para si a condição de nobres” (pg. 22).
Essa característica de que alta proporção da população era considerada nobre deve-se ao fato de que no século XVI, os caminhos que levavam a nobreza eram muito largos. “O pleno sucesso econômico em qualquer ramo da vida criava nobreza, e os nobres, novos ou antigos, seguiam todos os mesmos padrões” (pg. 22).
Os letrados, profissionais treinados relacionados a alguma ocupação ou função, não formavam uma classe social “eram um grupo mais importante que numeroso”, estavam mais próximos da nobreza que da burguesia, pois os diplomas universitários davam status que substituíam outros títulos.
Quanto aos mercadores “estavam mais próximos de ser um grupo social auto-sustentado do que os profissionais e tinham um estilo de vida próprio que envolvia muita mobilidade geográfica, já que o comércio lucrativo ainda era, quase sempre, o comércio de longa distância” (pgs. 23 e 24).
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