Os Malefícios da Corrupção no Brasil
CARVALHO, José Murilo de. Escola de transgressão. In: Revista de Historia da Biblioteca Nacional. Ano 4, n. 42. Março/2009. Disponível em .
2 NUANCE CRÍTICA: ANÁLISE DA ESTRUTURA TEXTUAL
2.1 INTRODUÇÃO
A comunicação entre os indivíduos é de extremada relevância desde os tempos antigos até os dias hodiernos, em que tal comunicação pode se dá de diferentes formas: através da linguagem, verbal ou escrita, de gestos, expressões, sons, e outras maneiras que possibilitam o agente receptor compreenda a mensagem ou informação transmitida pelo agente emissor.
Neste viés, é relevante apreciar e estudar o meio de comunicação mais utilizado entre as pessoas, que é a linguagem, mas principalmente, vamos nos ater a linguagem escrita utilizada nos textos jurídicos, os quais, infelizmente, são dirigidos a um grupo determinado de leitores e não compreendidos por várias outras esferas da sociedade por possuir um tipo de linguagem diferenciada. Contudo, frisa-se que embora não seja claramente entendida por alguns, a linguagem deve atingir sua função, no sentido de “orientação para algum objetivo”, “fim pretendido” ou “ênfase dada a um fator” (ANDRADE e GABRIEL, 2005, p.25).
Com escopo de analisar a linguagem, o texto a ser estudado no presente roteiro é o de José Murilo de Carvalho (2009) – “O eterno retorno? A corrupção parece prática imutável, mas adquiriu diferentes sentidos na história nacional” –. O autor aborda em seu texto a questão da corrupção, que posteriormente melhor define em “transgressão”, no cenário político histórico do Brasil, perpassando desde o século XIX, época de vigência do sistema imperial, bem como pela República Velha, pela Era Vargas, pelo período de ditadura militar até ao tempo da chamada redemocratização, sem se aprofundar muito nestes pontos e apresentando de modo bem didático, dialógico, porém não muito organizado, o assunto da corrupção como uma prática reiterada ao longo da história nacional, em que o sentido da palavra