Os Maias
Escritor português, José Maria Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, filho de um magistrado, também ele escritor, e morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris. É considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde acedeu às recentes correntes ideológicas e literárias europeias: o Positivismo, o Socialismo, o Realismo-Naturalismo.
Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística como redator.
Em 1872, iniciou também a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocuparia o cargo de cônsul sucessivamente em Havana (1872), Newcastle (1874), Bristol (1878) e Paris (1888).Fundou em 1889 a Revista de Portugal. Foi em Inglaterra que Eça escreveu a parte mais significativa da sua obra, através da qual se revelou um dos mais notáveis artistas da língua portuguesa. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa.
Na obra deste vulto máximo da literatura portuguesa, criador do romance moderno, distinguem-se usualmente três fases estéticas: a primeira, de influência romântica; a segunda, de afirmação do Realismo e a terceira, de superação do Realismo-Naturalismo.
Livros
Prosas Bárbaras e Mistério da Estrada de Sintra ( sendo estes dois de influencia romântica)
(De afirmação do realismo) O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro;
(De superação do realismo-naturalismo) A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras e Os Maias.
Este último considerado a sua obra-prima.
O episódio do jantar no Hotel Central integra-se no capítulo VI de Os Maias de Eça de Queirós, insere-se na acção principal e, como