Os Lusíadas - Cáp. máquina do Tempo
O livro do poeta português Camões, conta a aventura marítima de Vasco da Gama e seus companheiros na viagem até as Índias. Partindo de Portugal a mando de D. Manuel I, a quem todos respeitavam e obedeciam com admirável soberania, em 1497, os viajantes tinham uma importante missão: contornar o Cabo da Boa Esperança (já conquistado por Bartolomeu Dias), e assim traçar uma rota até Calicute onde pretendiam fazer transações comerciais. Apesar de todos os empecilhos impostos por Baco, que receava perder a fama heroica conquistada no Oriente para os lusos, a esquadra aportou em seu destino, realizou as compras de especiarias que tanto valiam na Europa, e asseguraram um acordo de comércio direto com o governante local e D. Manuel I. Assim voltaram para Lisboa um ano depois com menos de um terço da frota sobrevivente.
Ao final da epopeia a deusa Atena, sempre protetora de seu amado povo luso, resolve dar uma recompensa pelo sucesso de tão perigosa missão. Encaminha os marinheiros então, para uma ilha repleta de maravilhosas e apaixonadas ninfas, excelentes banquetes, e infindável beleza de flores e frutos. Os portugueses não demoram a desfrutar de tamanho presente dos céus, e ao final de toda regalia Tétis convida Vasco da Gama para apreciar a maravilhosa Máquina do Mundo.
Ela lhe apresenta então uma esfera perfeita, disposta bem acima de suas cabeças, representando o universo e tudo que nele está. Humano que é, Vasco pergunta o que estaria fora da esfera, e a deusa de superior sabedoria responde “Deus”, ele insiste indagando o que poderia estar acima Dele e ela diz que não é compreensível aos homens, e que não se deve prosseguir nisso. A esfera cristalina era composta de camadas como uma cebola. Ao centro estavam a Terra, o Ar e o Fogo, depois vinham Os Sete Céus (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno), e por fim as Onze Esferas da Região Celestial que agrupavam a camada anterior somada ao