Os Instintos e seus destinos
Pares de opostos não estão presentes restritamente na relação sexual.
Inversão de conteúdo – amor e ódio como par de opostos.
Reversão da pulsão em seu contrário (inversão de conteúdo) – primeira modalidade de defesa – é apenas observada na conversão do amor em ódio.
Ambivalência afetiva – amor e ódio dirigidos simultaneamente para o mesmo objeto.
Dois afetos contrários relacionados à vida sexual.
Amor = expressão da totalidade da tendência sexual.
Contrário dessa tendência = ódio.
Amar admite três oposições:
1) Amor-ódio – amor e ódio ligados.
2) Amar-ser amado – corresponde à conversão da atividade em passividade – chama-se “amar a si mesmo” – característica do narcisismo.
- Confome o objeto ou sujeito seja trocado por um exterior, o ocorre a tendência ativa a uma meta (amar) ou passiva (ser amado), a última, mas próxima do narcisismo.
- “Amar a si mesmo” - Dirigido para o próprio Eu – permite se fazer de objeto de amor para o outro – bebê entra em contato com aquilo que ama – recebe investimento e aprende a investir em outro objeto.
3) Amor e ódio – aprender a lidar com aquilo que não gosta, que lhe causa desprazer.
Múltiplas opções de amar – três polaridades – antíteses:
1) Sujeito (Eu)-objeto (mundo externo) – imposta bem cedo ao indivíduo (quando experencia que pode silenciar estímulos externo pela ação muscular, mas é idefeso contra estímulos instituais).
2) Prazer-desprazer – ligada a uma escala de sensações – importância para a determinação de nosso atos (vontade).
3) Ativo-passivo – Eu se comporta passivamente face ao mundo externo, enquanto recebe estímulos dele e ativamente, ao reagir a ele.
- Eu-sujeito é passivo diante do mundo externo e ativo em virtude dos próprios instintos (reação ao mundo externo).
- Tal oposição se funde depois com a de masculino-feminino – nos aparece como um fato biológico.
Tais polaridades psíquicas estabelecem conexões significativas entre si.
Situação psíquica primordial