Análise de dois textos de Freud
Professor Maurício José d’Escragnolle
Curso de Psicologia – Turma B
Suzanne Pugsley Werner
REPRESSÃO (1915)
Introdução Considerando a extrema importância do conceito de inconsciente, consciente e pré-consciente, mostrou-se necessário o estudo da repressão, considerada, por Freud, a pedra angular da psicanálise, que só é possível devido a esses elementos da nossa consciência. Assim, com o objetivo de esclarecer a função do consciente e do inconsciente nas memórias manifestas e recalcadas, a repressão será estudada, buscando entender a explicação de Freud sobre esse processo e a influência dos sistemas consciente e inconsciente nisso. Para isso, serão apresentadas as características da repressão que Freud destacou, sobre o que a repressão fala e quais são as suas fases.
Desenvolvimento
Freud declarou que a teoria da repressão é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise. Essa teoria foi um dos primórdios da noção de diferenciação entre consciente e inconsciente, uma vez que, se a essência da repressão consiste em “afastar determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância” (Freud, 1915/1925, p.4), essa coisa necessariamente deve dirigir-se a algum lugar enquanto está no estado entre fuga e condenação.
Segunda Garcia-Roza (1995), o conceito de repressão tem início quando Freud abandona a hipnose ao se defrontar com o fenômeno de resistência nos pacientes.
Quando abandona a hipnose e solicita a seus pacientes que procurem se lembrar do fato traumático que poderia ter causado os sintomas, verifica que, por mais que se esforcem, esbarram numa resistência a que as ideias patogênicas se tornem conscientes. (p. 169)
Ao analisar cada caso, Freud constata que todas as ideias eram de natureza aflitiva e, portanto, a conclusão a que Freud chega é que essas ideias não eram recordadas pelo paciente devido a uma defesa psíquica. Ao explicar tal situação, Freud (1915/1925) escreve:
Por que deve um