Os excluídos da democracia
Em meio aos elogios dos modernos à democracia ateniense, uma crítica reponta: ela negava participação na ágora às mulheres, aos menores de idade, aos escravos e estrangeiros. Hoje aceitamos a exclusão dos menores, mas não a das outras categorias. O trabalho manual, considerado degradante cabia, sobretudo a escravos. Na condição de estrangeiro (em grego, meteco), incluíam-se todos os não atenienses e mesmo seus descendentes: muitas pessoas nascidas em Atenas, mas de ancestrais estrangeiros, jamais teriam a cidadania ateniense.
Democracia Ateniense
No conjunto das cidades-estados gregas, Atenas ocupava um lugar destacado. Para além do seu poderio econômico e militar, a polis ateniense tornaram-se num brilhante centro cultural e político.
Um dos aspectos que mais contribuíram para o prestígio da cidade foi a sua original forma de governo. Os Atenienses chamaram-lhe democracia.
Este sistema democrático não se implantou facilmente.
Os direitos dos cidadãos: insomomia, isocracia e isegoria
Fundamento dos regimes democráticos, a igualdade entre todos
Funcionamento das Instituições e Dispersão de Poderes
O órgão máximo de poder na democracia ateniense era, pelo menos em teoria, a assembleia (Eclésia), a qual agregava a totalidade dos cidadãos na tomada de decisões. Esta reunia cerca de uma vez por mês, para discutir e votar leis, decidir sobre a paz e a guerra e nomear magistrados de todo o tipo. Respeitando-se o princípio da isegoria, todos os cidadãos podiam tomar a palavra na assembleia. Contudo, o que acontecia é que acabavam por emergir certos grupos de cidadãos que, pela sua influência, disponibilidade e talento oratório, conseguiam orientar e dominar as discussões e votações. Para tentar conter esta tendência, introduziu-se a disposição legal do ostracismo, pela qual um cidadão considerado demasiado influente podia ser afastado da vida política por um período até dez anos.
Como antecâmara das discussões e votações