OS EUA E A AMÉRICA HISPÂNICA PÓS INDEPENDÊNCIA

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Após sua independência, a América Hispânica preservava alguns aspectos coloniais. As elites continuavam controlando o comércio com o exterior e lutando pela preservação de seus privilégios políticos. Até a metade do século XIX, a Inglaterra continuou sendo a maior exportadora de produtos para a América Latina, porém, gradativamente perdeu sua posição de destaque para os Estados Unidos, que implantaram um sistema de comércio e navegação mais ágil que o inglês. No início do século XX, enquanto países europeus passavam pela segunda revolução industrial, a América Latina assumiu o papel de exportadora de produtos primários dentro da nova DIT (Divisão Internacional do Trabalho) fato que contribuiu para o seu atraso industrial e tecnológico.
Houve disparidades na evolução dos países latino-americanos. Em alguns territórios a maioria da população era indígena e não estava assimilada à cultura hispânica. Em outras regiões, a maioria era formada por mestiços, que estavam quase totalmente integrados culturalmente a sociedade espanhola. Mesmo assim, a maioria da população latina era muito diferente da elite hispânica, o que tornava praticamente impossível os setores populares se envolverem ativamente na política. Esse fato contribuiu para que regimes ditatoriais se espalhassem pela América Hispânica, apoiados pelos caudilhos (líderes político-sociais) os ditadores reprimiam qualquer levante popular que desejasse melhores condições sociais.
Com o surgimento da burguesia industrial latino-americana no final do século XIX, o estado oligárquico começou a ser desarticulado, pois além de reivindicar poder público os burgueses também almejavam modernizar o Estado. Entrelaçado com a burguesia surge o proletário latino, geralmente eram antigos camponeses chegando as cidades pelo movimento de êxodo rural vendendo sua força de trabalho para indústrias burguesas. Toda essa modernização do século XX abriu espaço para o surgimento de leis trabalhistas e reivindicações dos trabalhadores.

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