OS EUA E A AMÉRICA HISPÂNICA PÓS INDEPENDÊNCIA
Houve disparidades na evolução dos países latino-americanos. Em alguns territórios a maioria da população era indígena e não estava assimilada à cultura hispânica. Em outras regiões, a maioria era formada por mestiços, que estavam quase totalmente integrados culturalmente a sociedade espanhola. Mesmo assim, a maioria da população latina era muito diferente da elite hispânica, o que tornava praticamente impossível os setores populares se envolverem ativamente na política. Esse fato contribuiu para que regimes ditatoriais se espalhassem pela América Hispânica, apoiados pelos caudilhos (líderes político-sociais) os ditadores reprimiam qualquer levante popular que desejasse melhores condições sociais.
Com o surgimento da burguesia industrial latino-americana no final do século XIX, o estado oligárquico começou a ser desarticulado, pois além de reivindicar poder público os burgueses também almejavam modernizar o Estado. Entrelaçado com a burguesia surge o proletário latino, geralmente eram antigos camponeses chegando as cidades pelo movimento de êxodo rural vendendo sua força de trabalho para indústrias burguesas. Toda essa modernização do século XX abriu espaço para o surgimento de leis trabalhistas e reivindicações dos trabalhadores.