Os Desafios Na Reconstru O Do Projeto De Forma O Profissional
O processo, expresso na reestruturação industrial e das políticas de cunho neo-liberal, matrizadas pela crise do modelo fordista/keynesiano de regulação da economia internacional,tem apresentado claras refrações nos processos de trabalho, no controle e gestão da força de trabalho assim como na feição dos mercados de trabalho. A crise que se presencia hoje tem suas origens nas transformações operadas na dinâmica internacional do capital nos anos 1965-73, eclodindo,no pós-73, um conjunto de processos que colocam em cheque o modelo fordista de produção e o padrão keynesiano de regulação da economia internacional, com profundas implicações na divisão internacional dotrabalho e nas bases da concorrência intercapitalista mundial.
As estratégias defensivas das grandes empresas no enfrentamento da crise conduzem, assim, a uma alteração das bases tecnológicas e das formas de gestão e controle da força de trabalho. Consistem em produzir com maior eficiência e menor custo, isto é, em elevação dos níveis de produtividade em aperfeiçoar a qualidade dos produtos , tendo em vista a concorrência internacional materializada em programas de "qualidade total" o que vem sendo re-traduzido para os trabalhadores como "qualidade de vida". Importa salientar que as formas e o conteúdo da flexibilização em cada país encontram-se dependentes das opções políticas e sociais, forjadas pelas lutas de classes. Não são imunes às lutas dos trabalhadores e do conjunto da sociedade civil levadas a efeito seja no chão das fábricas, no seu enfrentamento com o Estado, através de seus organismos sindicais e partidários isto é, das lutas pela preservação de conquistas já acumuladas e por sua ampliação. O novo estágio do processo de desenvolvimento capitalista, cujas tendências são irreversíveis- aqui apenas esboçado em largos traços- tem reforçado a fragmentação social, aumentando a diferenciação das classes, ampliando as