O cinismo foi uma escola filosófica voltada para a ética, fundada por Antístenes, que era discípulo de Sócrates. Essa expressão é pejorativa, pois deriva de uma palavra grega cujo o significado é “cachorro”, e remete ao estilo de vida que os cínicos levavam. Eles consideravam que a excelência pode ser ensinada e que quando adquirida não se pode perdê-la, e é na excelência que se encontra o fim supremo. Entre seus pensadores mais ilustres estão: Antístenes, Diógenes, Mômimos, Crates, Metroclés, Hiparquia e Menêdemos. Antístenes, que exibia o estilo retórico em seus diálogos por ter sido ouvinte do retor Gorgias, era ateniense e ficou conhecido por sua bravura devido seu comportamento na batalha de tânagra. Após entrar em contato com Sócrates colheu vários benefícios, dando início à filosofia cínica e sendo conhecido como “cão puro e simples”. Ele acreditava que a excelência está nas ações e que ela é o suficiente para assegurar a felicidade e por isso os sábios, segundo Antístenes, devem viver não pelas leis vigentes na cidade, mas segundo as leis da excelência, pois só um homem excelente pode ser nobre. Para Antístenes a nobreza não está aonde você nasceu, mas como você viveu, dessa forma ele desprezava os atenienses que se vangloriavam de serem naturais daquela região, e falava até que não eram mais nobres que os caracóis e gafanhotos. Tinha um hábito de fazer trocadilhos usando sarcasmo e ironia, como, por exemplo, dizer que preferiria ficar entre os corvos do que entre bajuladores, pois os primeiros devoram os mortos, e os segundos os vivos. Precisamente quando Diógenes entrou em sua casa perguntando-lhe se precisaria de um amigo Antístenes morreu, com aproximadamente oitenta anos. Diógenes, conhecido como “o cão” nasceu em Sinope, mas foi forçado a deixar sua terra natal por ter adulterado a moeda local. Se considerava um cidadão do mundo, então não achava problema nisso, seguiu para Atenas, encontrou-se com Antístenes passando a segui-lo e ser seu