OS CUSTOS DA VIOLÊNCIA
Uma combinação explosiva entre modernização, urbanização acelerada, desigualdade social, padrões de consumo de Primeiro Mundo, liberdade política e ausência de freios morais e religiosos parecem ser os maiores responsáveis pelo fenômeno da violência crescente, ao lado da produção de drogas e da economia estagnada em vários países. No Brasil estas variáveis se apresentam de modo mais extremo, sendo assim, onde a violência tem mais crescido nas últimas décadas, causando um grande impacto na economia do país.
Neste artigo, são avaliados os custos da violência tomando como base o Estado de São Paulo, onde a criminalidade se apresenta de forma mais aguda.
A violência custa caro para o país, como também individualmente para as pessoas, que para obter segurança se torna necessário obter bens de prevenção do mercado: seguros, cães de guarda, dispositivos eletrônicos, travas, grades e cadeados.
A preocupação com a segurança afeta as decisões de moradores de grandes centros urbanos. Deixa-se de viajar para determinadas cidades, de morar em certas vizinhanças, de estacionar o carro em certas ruas, de comprar carros conversíveis ou morar em casas. Em razão da violência, se torna necessário reordenar sua vida e seus negócios.
OS CUSTOS DA VIOLÊNCIA
Para o poder público, a segurança se converte em um dos maiores itens orçamentários. A população exige mais policiais, mais viaturas e armas, novos presídios, juízes, promotores, rádios comunicadores e computadores, tentando obter auxílio em mais segurança.
O Estado vem investindo quantias significativas na área de Segurança Pública desde 1995. Neste período o efetivo da Polícia Militar aumentou em 12%, contando com 82.021 policiais, os pisos salarias para soldados aumentaram em mais 200%. Por causa desses investimentos, os gastos com pagamento do efetivo da Polícia Militar passaram de R$ 47 milhões, em abril de 1995, para R$ 91,7 milhões, em fevereiro de 1998, representando um aumento de