Os cotistas negros
Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Estadual de Ponta
Grossa, 2009. pp. 111-124.
111 nunca foi seu adversário, o negro sempre ocupou as posições inferiores, muitas vezes posições rejeitadas pelos brancos.
3.2 ENTREVISTAS E NOVOS QUESTIONÁRIOS COM OS COTISTAS
Após a análise dos questionários procuramos identificar o perfil e as representações dos cotistas, para isso, optamos por realizar as entrevistas e, simultaneamente aplicamos os novos questionários com os próprios sujeitos da pesquisa, os cotistas negros.
Procuramos elaborar as perguntas de modo que os cotistas contassem como está sendo sua vida acadêmica, bem como, relatassem suas expectativas de futuro, fazendo relação com a consciência histórica. Desse modo marcamos com os cotistas um horário e local para a aplicação dos questionários e das entrevistas.
O questionário19 foi formulado por Pacievitch (2007, p. 30), a qual o descreve como : responsável por oferecer balizas concretas para a identificação do nível de consciência histórica (...). Consta de três pequenas narrativas que implicam em tomada de decisão (...). Para respondê-lo, há quatro alternativas, cada uma referente a um dos níveis de consciência histórica propostos por Rüsen
(2001c), além da possibilidade de escrever uma quinta resposta, (...). As três narrativas deste questionário dizem respeito, uma, a formas de mobilização política; outra, às relações entre ciência histórica e religião; e a terceira a tradições familiares e sociais. Esses temas foram escolhidos tendo em vista o caráter orientador da consciência histórica sobre as decisões de cunho moral, político e da vida cotidiana e também por serem passíveis de relacionar com os perfis delineados para a seleção dos entrevistados.
Rüsen, (1992) afirma que a forma lingüística dentro da qual a consciência histórica