OS ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS PRESENTES NA MATÉRIA "O poder das mulheres" DA REVISTA PIB
DA REVISTA PIB
Para Jung, o “arquétipo é uma tendência a formar representações de um motivo [...], na
realidade, uma tendência instintiva, tão marcada como o impulso das aves para fazer seu ninho e
o das formigas para se organizarem em colônias”. [JUNG, Carl Gustav]. Isto é, o conteúdo
psíquico do inconsciente coletivo, externo e presente em todos os indivíduos. De maneira que
está presente no inconsciente de toda a sociedade, de modo inato, sem ser, necessariamente,
percebido.
A sociedade Patriarcal, por exemplo, carrega traços arquetípicos pois se vê presente em
qualquer cultura e em qualquer época. A figura masculina sempre se manteve como
monopolizadora do poder frente à figura feminina. De modo que as sociedades foram se
caraterizando pela repressão à mulher, seja pela autoridade, pela força física, econômica, pelo
domínio e afastamento da natureza, pelo poder bélico, pela exploração, competição, hierarquia
da submissão e até pelo próprio sentido do ‘falo’ como símbolo de poder e potência.
É exatamente nesse contexto que a matéria “O Poder da Delicadeza” se desenvolve, na
dualidade de uma nova sociedade na qual as mulheres, antes sem relevância econômica e
política, passam a adquirir um espaço de influência. Ou seja, uma mudança aparente de eixo, na
qual, a partir de uma visão superficial, se observa uma quebra de paradigma. No entanto, o que
ocorre é justamente o contrário. Na verdade, vemos a simples reafirmação de uma sociedade
Patriarcal na qual o fato de que mulheres adquiriram postos importantes dentro de empresas
multi nacionais é posto em foco, visto como excepcional.
Ainda, “se os arquétipos fossem representações originadas na nossa consciência,
nós certamente os compreenderíamos” [JUNG, Carl Gustav, O Homem e seus Símbolos]. O
motivo pelo qual a reportagem “O Poder da Delicadeza” está sendo