Os adeptos que me perdoem
Angela S. Guidoreni
Os adeptos que me perdoem, mas cidadania é fundamental.
E cidadania implica em ser crítica. Não a crítica desvairada, sem razão, sem emoção. Mas a crítica que permite reflexão.
Quando há alguns anos anunciaram que teríamos um programa na TV nos moldes do BBB, questionei a todos que o defendiam. Qual a razão que temos para ficar ligados na telinha nesse tipo de entretenimento (pelo menos é o que dizem)? O que traz tanto interesse? Por que ficar olhando a vida alheia e deixar de cuidar da própria?
Embora muitos tenham tentado me mostrar as inúmeras razões pelas quais eu deveria assistir, as poucas vezes que tentei foram determinantes para que eu pudesse ter uma opinião clara, não preconceituosa, mesmo que distinta da maioria (??) que ainda acredita nas qualidades benéficas de tal embuste.
Porque o BBB nada mais é do que um embuste.
Embuste no sentido de falácia, engodo, fraude, falsidade, lorota, mentira, logro, ou que outros sinônimos puderem encontrar na língua pátria.
E a todos que justificam o fato com a audiência, lembro que de pão e circo vivemos desde que o mundo é mundo. De teatro, drama ou comédia, também. Mas podemos optar em não ir.
E foi o que fiz. Uma opção clara, deliberada, coberta de razões, plena de emoção e coerência comigo e com o mundo real onde vivo.
Não vi, não ouvi, não soube muito bem o que ocorreu. Mas me dou o direito de criticar. Porque certamente nada justifica esse tipo de acontecido. Mesmo que seja só para subir uns pontos na audiência.
Passando pela sala em horário de notícias, de longe percebi um movimento de indignação (??) com o comportamento de alguém que foi ou seria afastado. Como ele pode fazer isto? Fez? Insinuou? Me senti ...?
Por e-mail recebi textos e msgs questionando a tal rede de TV e o dito responsável pelo programa.
Mais uma vez não acreditei que tantas pessoas estivessem querendo falar de coisas que obviamente eram ululantes demais: mais fácil