Origem e Evolução dos Equídeos
Por Thabata Stasio
O primeiro equídeo de que há registos foi classificado pelo nome de Hyracotherium. Era um pequeno animal, que não media mais de 30 cm, muito diferente em aparência dos cavalos que vemos hoje em dia. Era na verdade um pouco parecido com um cão: dorso arqueado, pescoço curto, pernas curtas e uma longa cauda.
A sua alimentação era à base de frutas e folhagem de árvores. Este pequeno animal tinha tanta facilidade em saltar como um veado, sendo apenas mais lento e um pouco menos ágil. Este pequeno equídeo foi conhecido pelo nome de Eohippus, que significa “cavalo do amanhecer”.
O Hyracotherium tinha algumas características que devem ser referidas:
- Sendo um animal de floresta/pântano, possuía quatro dedos em cada membro anterior e três em cada membro posterior, sendo uma das unhas, estando ainda presente em alguns cavalos a segunda unha vestigial. A forma como o Hyracotherium apoiava as patas era semelhante á dos cães.
- Cérebro pequeno, com lobos frontais especialmente pequenos.
- Baixa inserção dos dentes, sendo a dentição composta por três incisivos, um canino, quatro pré-molares distintos e três molares em cada lado de cada mandíbula. As cúspides dos molares foram ligeiramente unidas em cristas baixas, dentição típica de um animal omnívoro.
Nesta altura da era Eocena os equídeos não eram muito diferentes dos restantes membros do grupo perissodáctilo.
O género em que se inclui o Hyracotherium inclui também outras espécies que podem estar até relacionadas com o rinoceronte e o tapir.
Fazendo uma retrospectiva, o Hyracotherium, apesar de ser bastante primitivo, foi um animal que se adaptou perfeitamente ao meio onde habitava. Aliás, ao longo da maior parte do Eoceno, esta espécie sofreu poucas alterações. O corpo e membros mantiveram-se praticamente inalterados, apenas com ligeiras diferenças nos dedos. A maior alteração deu-se ao nível da dentição. À medida que os equídeos começavam a comer mais plantas