ACAI
No Estado do Pará, o açaizeiro predomina no estuário do rio Amazonas, principalmente em solos de várzea, mas também de terra firme e de igapó. (p. 51)
O açaizeiro é geralmente reconhecido como uma espécie heliófila, mas vários cablocos mencionam que ele é mais bem adaptado nos locais parcialmente sombreados. ( p.52)
O açaizeiro passa por um estágio monocaule 1 a 3 anos. Segundo Oldeman (1969), um regalo de raízes aérias se forma na base da palmeira e é nesse regalo, no nível das cicatrizes foliares basais, que se esboçam eixos laterais que são verdadeiros ramos, e não rebentos. Já para Calzavara (1972), Fouqué (1972) e Cavalcantes (1976), o açaizeiro cresce formando touceiras agrupando os rebentos sucessivos (igual a ramificações na base) a partir de uma unidade de dispersão ou pé-mãe (até 45 pés por touceira). Qualquer que seja a verdade, a singularidade mais importante do açaizeiro é que ele se apresenta sob a forma de uma palmeira cespitosa, o que significa dizer que ela apresenta novos estipes na sua base a cada ano ( de 1 à 10) e que sua regeneração é, teoricamente, infinita. (p.52 e 53)
No decorrer do todo ano, na axila das folhas, nascem inflorescências solitárias chamadas espádices (quando se carrega de frutos é chamado de cacho). Cada inflorescência se desenvolve principalmente depois da queda da folha que a protegia um pouco mais embaixo da região da bainha. As 50 a 130 ramificações que carregam as flores são chamadas de ramos. As flores nascem no oco de depressões ou cavidades que os ramos do espádice apresentam.(p.55 e 56)
A germinação das sementes é fácil e rápida, especialmente quando os frutos já estão despolpados. O epicarpo é rapidamente eliminado pela decomposição natural, ajudada pelos microrganismos, os insetos ou a passagem pelo trato intestinal dos animais. A disseminação das sementes se faz por roedores (distância curta), pelas aves e pela água (distância longa). (p. 57)
A partir do terceiro ano, na base da