Origem das espécies
Capítulo XIII
Capítulo Xlll
Distribuição Geográfica (Continuação)
Como os rios e lagos estão separados entre si por barreiras terrestres, as produções das águas doces não deviam se espalhar facilmente na mesma região e não podiam se estender até países afastados. No entanto, Darwin verificou que o Brasil tem uma grande diversidade de espécies, em relação à Inglaterra, ainda que, em água doce, havia mais semelhança entre as espécies do que em ambiente terrestre, se comparados esses dois países.
A semelhança de diversidade animal e vegetal, entre cursos de água doce distantes, deriva, principalmente, do transporte passivo, realizado por correntes de água ou através da dispersão em animais migrantes, como exemplo o peixe Galaxius attenuatus, moluscos conchiferos ou plantas. Neste processo, cabe ressaltar a capacidade de algumas espécies aquáticas em realizar incursões entre o ambiente dulcícola e marítimo, como espécies anádromas (do mar para água doce) e catádromas (da água doce para o mar) e aquelas estuarinas.
A despeito dos diferentes métodos de dispersão das espécies e da competição inerente à sua existência, a probabilidade de sobrevivência de espécies fundadoras é aumentada, principalmente, ao considerarmos a ocupação de meio dulcícola em relação ao meio terrestre, pois que, no primeiro, registram-se espécies menos derivadas na escala evolutiva.
Os habitantes das ilhas oceânicas
Todas as espécies que povoam as ilhas oceânicas são em pequenos números, se comparadas as que habitam nos espaços continentais de igual extensão. A Nova Zelândia, por exemplo, com montanhas elevadas e estações variadas cobrem mais de 1250 km, junta as ilhas vizinhas de Aukland, Camobell e Chatam, e encerram apenas 960 espécies de fanerogâmicas. Se bem que, nas ilhas oceânicas as espécies sejam um pouco numerosas. Pode estabelecer-se a