CULTURA NA SALA DE AULA: COLONIZAÇÃO E RECRIAÇÃO NA ESCOLA
DO TEXTO:
“CULTURA NA SALA DE AULA:
COLONIZAÇÃO E RECRIAÇÃO
NA ESCOLA.”
OLIVEIRA, Inês Barbosa. Cultura na sala de aula. In: Revista de Educação AEC, Brasília, ano 32, n. 129, out./dez. 2003.
Partindo dos padrões para os conceitos que definem qualidades do bom cidadão, legitimam a superioridade social através de direitos auto-ortogados para estabelecer o bonito e o feio, o certo e o errado, o civilizado e o selvagem, ao longo da interação com o novo mundo. Isto ocorre também na Escola. Em que conteúdos são definidos com base nos valores fundadores da cultura ocidental, tanto do ponto de vista dos saberes valorizado para compor as propostas pedagógicas, quanto ao que se refere aos valores morais e sociais que regem as normas disciplinares dominantes. Ocorreu assim, a Dominação e a Desigualdade do povo civilizado, e a autora refere-se ao processo de imposição da cultura ocidental como superior às demais como um processo de “descobertas imperiais”. O Brasil e o Rio de Janeiro, Portugal e o resto da Europa vivem sob o mesmo modelo social, modelo que cria e realimenta essas escandalosas desigualdades ao mesmo tempo em que as legitima, difundindo uma suposta superioridade daqueles que tem e podem mais sobre aqueles que não tem e podem menos. Considerados cidadãos de segunda categoria. Em duas passagens da autora por Normandia e Lisboa, ela percebeu, em Bayeux na Normandia, uma pequena cidade cujo prédios impecavelmente preservados e as ruas enfeitadas servem de moldura a grande à grande atração do lugar, sua tapeçaria. Já em Lisboa, a beleza e grandiosa do mapa-mundi que cobre o chão em frente a Torre dos Descobrimentos, com sua estética primorosa, mostra aos curiosos e desavisados como foi que Portugal se tornou a grande potência dos séculos XV e XVI, “descobrindo” lugares. Portugal consolidou sua posição, não apenas através do exercício formal e explícito do poder político e militar. Por um lado, das Igrejas e